Para ajudar nessa preparação, listamos 15 coisas que podem acontecer com a gestante e família depois do parto
Selecionamos as 15 principais coisas que acontecem depois do parto. Confira agora:
O pós-parto (também chamado de puerpério) é a fase que vai da expulsão da placenta (o término oficial da gestação) até a primeira ovulação da mulher depois da gravidez – o que pode acontecer entre 6 semanas e 8 meses após o parto. Ou seja, é um momento de recuperação física, hormonal e, porque não, emocional da mulher e de seu corpo depois de todo o longo processo da gravidez.
Para enfrentar todas as possíveis dificuldades desse período tão importante para a nova mãe e para o bebê recém-chegado, é fundamental que a mulher e a sua família estejam bem preparados. Isso inclui não ter expectativas irreais sobre o pós-parto.
15 Coisas que acontecem depois do parto
1. Baby Blues
Baby Blues é a expressão em inglês para a leve tristeza ou sentimento de desamparo que aproximadamente 90% das mulheres sentem logo que o bebê nasce. Geralmente, é um misto da ansiedade, medos e inseguranças da nova mãe, agravados pela baixa hormonal que se segue ao fim da gestação.
Para a psicanalista Vera Iaconelli, diretora do Instituto Brasileiro de Psicologia Perinatal – Gerar, esse é um momento em que a mulher pode se voltar para si mesma para encarar de maneira saudável todas as mudanças que vêm com a maternidade. No entanto, é muito importante diferenciar essa tristeza normal da depressão pós-parto (DPP), que é um problema sério. Se a mulher tiver dificuldades para dormir ou se alimentar, estiver sofrendo demais ou tiver pensamentos violentos contra si e o bebê, deve procurar um especialista.
2. Depressão pós-parto Masculina
Sim, o homem também pode ficar desestabilizado com a chegada do novo bebê e com a transformação da esposa em uma mãe de recém-nascido, principalmente se ele se sentir incapaz de ajudá-la a atravessar essa fase cansativa e um tanto quanto conturbada. Quando acontece (acomete de 10% a 25% dos homens), a depressão pós-parto masculina tem seu pico entre o 3o e o 6o mês depois que o bebê nasce.
Segundo artigo da psicanalista Vera Iaconelli, os sintomas mais habituais do problema são: pessimismo, tristeza profunda, culpa, fadiga, dificuldade de concentração, de memória e para tomar decisões, mudanças bruscas de humor, insônia ou hipersonia e distúrbios alimentares. Além disso, o homem pode apresentar desinteresse pelas atividades do dia-a-dia, para atividades antes prazerosas como o sexo, e começar a trabalhar demais, fazer atividades físicas ou ver TV em excesso com a finalidade inconsciente de escapar da vida doméstica.
Para prevenir esse problema e melhorar a adaptação do casal ao pós-parto, o ideal é que ambos frequentem juntos grupos de preparação para o parto ou cursos para gestantes durante a gravidez, e depois procurem grupos de apoio ao pós-parto.
3. Muito cansaço
O parto demanda muito esforço, assim como uma cirurgia de médio porte como a cesariana é desgastante para o organismo. Portanto, de um jeito ou de outro, você vai gastar muita energia para ter o bebê e não vai ter tempo de se recuperar como deveria porque logo começa a cuidar dele. O ritmo do recém-nascido, as noites maldormidas, o estresse de ser responsável por uma criaturinha tão frágil, tudo isso aumenta o desgaste. Por isso, peça ajuda a quem estiver por perto.
4. Um estranho no ninho
Depois de 9 meses aguardando ansiosamente para ver o rostinho do seu bebê, pode ser que, com ele nos braços, seus sentimentos sejam um pouco confusos. A verdade é que nós temos algumas expectativas em relação ao amor materno que nem sempre se sustentam na realidade. Segundo a psicanalista Vera Iaconelli, “isso é um tabu, que quase ninguém comenta, mas a mãe pode estranhar o bebê, ficar confusa e não sentir nada do que estava esperando. Afinal, ela nunca viu esse bebê, então ele realmente é um desconhecido”. Na prática, a relação e o laço entre mãe e filho vão sendo construídos aos poucos e não surgem automaticamente assim que o bebê nasce.
5. As visitas e seus palpites
Nos primeiros dias depois do parto você vai estar cansada, descabelada, se esforçando para fazer a amamentação dar certo, e ainda vai precisar parar tudo para receber as visitas, loucas para conhecer seu bebê e demonstrar sua preocupação com você. Respire fundo e prepare-se para ouvir dezenas de opiniões diferentes e conflitantes sobre os cuidados com o recém-nascido. Lembre-se que não existe receita de bolo para criar e cuidar de um bebê, e no fim é você quem decide o que é melhor para o seu filho.
Se estiver se sentindo indisposta para receber visitas nos primeiros dias, não se sinta culpada e abra o jogo com os mais próximos. O importante é colocar sua recuperação e o tempo de adaptação do bebê em primeiro lugar.
6. A solidão
Depois de passada a temporada de visitas, junto com a volta ao trabalho do seu companheiro, o que geralmente acontece é que a mulher se sente terrivelmente sozinha e isolada do mundo. O bebê ainda é muito novo para passear, e o simples fato de ter um bebê já torna qualquer saída muito mais difícil. Para contornar a solidão, crie uma rotina de sempre levar o bebê para tomar o banho de sol da manhã em lugares externos em que possa ver e conversar com outras pessoas, como uma praça pública. Além disso, convide suas amigas e familiares para um café da tarde com a maior frequência possível.
7. A descida do leite
A apojadura (ou “descida do leite”) normalmente acontece do 3º ao 5º dia depois do nascimento do bebê. Antes disso, a mulher produz o colostro, um “pré-leite” muito rico em gordura e anticorpos – por isso importantíssimo para os primeiros momentos do bebê fora do útero. Quando o leite “de verdade” desce, é normal febre de no máximo 38oC. Febre mais alta que isso pode ser sinal de infecção. Também é normal sentir as mamas mais quentes e bastante doloridas. Para evitar empedramento e outras dificuldades, faça uma visita ao banco de leite da sua maternidade antes de voltar para casa depois do parto.
8. Os pés podem continuar inchados
É normal que os pés demorem até 1 semana para desinchar por causa da retenção de líquido decorrente da gestação e também por causa dos medicamentos geralmente usados para induzir o parto (que são antidiuréticos). Passada a primeira semana após o parto, os pés voltam ao normal.
9. Intestino preso
O relaxamento da musculatura abdominal e perineal decorrente do parto e o medo de que algum ponto da cesárea ou da episiotomia se rompa (assim como o desconforto e a dor que as incisões causam) podem fazer com que a mulher fique com intestino preso ou tenha hemorroidas nos primeiros dias após o parto. Para ajudar o intestino a voltar a funcionar normalmente, beba muita água, coma alimentos e frutas ricos em fibras e se movimente o máximo possível dentro do permitido por seu médico.
10. Incontinência urinária ou dificuldade para fazer xixi
É normal sentir uma certa fraqueza na musculatura da bexiga e do assoalho pélvico nos primeiros dias e até 3 meses depois do nascimento do bebê. Isso acontece por causa do peso do bebê e do útero grávido que se apoiavam na bexiga e nos músculos da pelve no fim da gestação, e também pode ser consequência do parto. Aos poucos, toda a musculatura da região abdominal volta ao normal, mas exercícios para fortalecimento do períneo (região muscular entre a vagina e o ânus) podem ajudar.
11. A “questão” da barriga
É normal que a barriga demore de 40 a 80 dias para desinchar e voltar ao seu tamanho normal. Um útero não-grávido pesa menos de 100 g e tem o tamanho de uma pera. Já no final da gravidez, o útero pesa aproximadamente 1 kg e seu tamanho está aumentado em 11 vezes! Toda essa transformação que levou 9 meses para acontecer não vai se reverter da noite para o dia. Mas não se preocupe – os hormônios que você produz ao amamentar ajudam o útero a se contrair de volta, e a perda do líquido retido nos tecidos do útero, assim como a recuperação do funcionamento fisiológico normal do corpo, ajudam o abdômen a voltar ao que era. Se depois de 80 dias ainda achar que sua barriga ficou muito flácida (geralmente acontece só se a barriga tiver crescido demais durante a gestação), exercícios abdominais bem orientados serão suficientes para fazê-la voltar à antiga forma.
12. A dieta para emagrecer vai ter que esperar
Entrar em dieta logo depois do parto pode afetar a produção de leite e também a recuperação do corpo no puerpério, por isso é proibido. O aleitamento ajuda a queimar o peso extra, e depois que o bebê estiver maior será mais seguro fazer dietas para voltar ao peso normal. Cerca de 40 dias depois do parto já é seguro voltar a fazer atividades físicas leves. Isso, muita água, uma alimentação balanceada e saudável e um pouco de paciência vão resolver o problema do peso extra.
13. O sangramento puerperal pode durar até dois meses
Assim que a placenta é expelida, o útero começa a expulsar também todo o tecido e líquido que antes serviam para abrigar seu bebê. Esse processo ocasiona um sangramento que vai ficando menos intenso e mais claro ao longo do tempo, mas que pode durar até dois meses. Se o sangramento continuar muito intenso e/ou escuro depois do primeiro mês após o parto, avise seu médico.
14. Cólicas nos primeiros dias
Uma cólica parecida com a cólica menstrual nos primeiros dias após o parto é sinal de que o útero está se contraindo e voltando ao seu tamanho normal. Como o aleitamento libera hormônios que ajudam nesse processo, é normal sentir uma cólica mais intensa quando estiver amamentando seu bebê – mas não se preocupe, isso é um ótimo sinal!
15. Sexo
Em geral, os médicos orientam os casais a esperarem pelo menos 40 dias para voltar a ter relações sexuais. Se o parto tiver sido normal sem episiotomia, a vida sexual pode ser retomada assim que acabarem os sangramentos e a mulher se sentir confortável e disposta. Já em casos de cesárea, pode ser necessário esperar até 3 meses por causa da cicatrização da incisão feita no útero, que pode ser mais complicada e ocasionar dores abdominais.
No entanto, mesmo que tudo esteja fisicamente bem no corpo da mulher, pode ser que a libido demore mais tempo para retornar – além da exaustão que a mãe sente nas primeiras semanas cuidando do bebê, a prolactina (um dos hormônios envolvidos na amamentação) pode diminuir o desejo sexual e a lubrificação da mulher.
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