Polícia disse ter encontrado envelopes com remédios de uso controlado no lixo. Mulher foi presa; ela tem quadro de depressão.
Uma médica da Asa Sul, em Brasília, é suspeita de matar o próprio filho, de 3 anos, com overdose de medicação, na noite de quarta-feira (28). Ela foi presa. A polícia disse que achou envelopes com remédios de uso controlado no lixo e, ao lado da criança – encontrada já morta sobre a cama –, havia uma mamadeira com leite.
A mulher tem 34 anos, é pediatra, servidora do Samu e sofre de depressão. Testemunhas relataram que a mãe fez um corte no pescoço e saiu correndo pelas escadas do prédio, na 210 Sul, sangrando.
Quando o porteiro viu a situação, segurou a moradora. A polícia foi chamada pelos vizinhos, depois de perceberem que a criança já não acordava mais.
O episódio aconteceu por volta das 18h30. O menino foi socorrido ao Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), mas os médicos não conseguiram reanimá-lo.
Investigação
Apenas o laudo do Instituto Médico Legal (IML) vai confirmar a hipótese de overdose, levantada pelos investigadores.
A mãe foi levada ao Hospital de Base, onde está internada, mas presa sob escolta policial. Ela deve responder por homicídio qualificado, com agravante por ter matado um menor de 14 anos.
Na 1ª DP (Asa Sul), o pai da criança prestou depoimento. Segundo ele, a mulher era uma mãe exemplar. O casal é separado há quase dois anos.
De acordo com a polícia, a mãe estava afastada do trabalho por causa do tratamento contra depressão.
Às 11h13, a mulher continuava internada no Base, em estado estável, mas com ferimentos na virilha, na axila, no punho e no pescoço. Foi medicada com antipsicótico e deve ser encaminhada para a Unidade de Suporte Avançado ao Trauma (Usat) para acompanhamento. Ela se formou em medicina, em 2013. Fez residência até 2015 no Hmib.