Médico sem CRM receita dosagem dez vezes maior e mata bebê de 10 meses

O bebê Henzo Pinto Elias, de apenas 10 meses, morreu depois de ter tomado medicamento
com dosagem 10 vezes maior do que o normal. O caso aconteceu no último domingo (8), no
Hospital Municipal de Santo Antônio do Iça, no estado do Amazonas.
A morte do menino foi causada por um erro médico. Henzo chegou ao hospital com febre e
vômito. Na hora de receitar o remédio, o médico receitou dipirona e errou feio na dose do
antialérgico prometazina. Em vez de receitar 2,5 miligramas, ele marcou na receita 25
miligramas.
O estado Henzo piorou mesmo tomando o remédio e ele acabou internado. Dois dias depois
da internação, o pai do menino, Rômulo Souza Elias, foi chamado em particular pelo médico,
que pegou a receita a colocou uma vírgula entre o 25 que havia marcado no documento.
Diante do quatro de saúde complicado, a criança foi transferida para outro hospital com mais
recursos, mas não resistiu. A morte foi causada por um edema cerebral e uma hemorragia
intracraniana.

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O profissional que atendeu Henzo não tinha registro no Conselho Regional de Medicina do
Amazonas (CRM-AM). Ele se formou na Bolívia, não participava do programa do Governo
Federal Mais Médicos e não tinha validação para atuar no estado da região norte.
O médico pode ser penalizado pela morte do garoto. A prefeitura de Santo Antônio do Iça
também pode sofrer sanções, de acordo com o Ministério Público, que investiga o possível
caso de negligência.
De acordo com a prefeitura, o médico foi contratado no dia 1º de junho de 2016 para
trabalhar como cirurgião. Ele foi exonerado em fevereiro deste ano. Segundo a administração municipal, o médico fazia trabalho voluntário por 10 dias quando atendeu o bebê.

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